22 de outubro de 2007

SE


Se alguma vez conseguisse adivinhar
aquilo que te vai no pensamento...
Se eu tivesse a certeza que o que dizes
é o que guardas no teu coração...
Se eu não tivesse medo de sofrer...
Se eu não tivesse horror a magoar...
Se eu conseguisse ajudar-te a descobrir
como soltar tudo o que prendi,
talvez até eu própria me assustasse
ao ver a força do que não vivi.

Se eu desse liberdade aos sentimentos,
se eu desse rédea solta à emoção,
se tu também sentisses o que sinto,
se deixássemos falar o coração,
se eu não temesse dar amor e receber,
se essa troca pudesse ser contigo,
então, amor, eu quereria ser, só ser.
Pois com calma, com ternura e intuição,
tinhas conseguido entrar no meu abrigo.

Ser capaz de te fazer muito feliz,
voltar a ter prazer em dar prazer.
E só com um olhar teu eu entender
aquilo que se quer e não se diz.
Queria poder dizer que junto a mim
te sentes tu, completamente tu:
cabeça, corpo, alma, coração.
E se a resposta de ti todo fosse sim,
então, eu deixaria renascer
tudo aquilo que matei há muito tempo,
pra te oferecer o meu prazer de ser mulher.

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