22 de outubro de 2007

Anjo da Guarda


Era uma vez uma menina que sempre admirou a escrita poética e adorava fazer este tipo de leitura, dias e dias seguidos, não cansava, era agradável, não se dava pelo tempo passar, parecia fácil.
Tentou escrever e viu então que não era tão fácil assim. A ideia estava lá mas passá-la a palavras já era mais complicado... quanto mais, palavras bonitas que ao lê-las nos desse a ideia que se tratava de uma canção...
Agora, depois de meio século passado, ao reler algumas palavras que conseguiu escrever, apercebeu-se de uma coisa que ela achou muito bonita: é que todo o esforço e empenho que ela pôs, através da vida, no que tentava escrever, em verso ou em prosa foi, pelo menos, marcando as suas épocas de alegria, de tristeza, de solidão... resumindo, de crescimento. Por isso, com muito esforço mas, ao mesmo tempo, com muito carinho, aqui vai uma tentativa para escrever bonito:

Oh! Meu bom anjo da guarda,
tu sabes como ninguém,
que eu hoje já sou mulher.
Tens-me ajudado a crescer.
Acompanhaste as tristezas,
ouviste-me desaforos,
mas, quando eram alegrias
o que vivia ou sentia,
não sei o que acontecia
que deixava de te ver...
O meu egoísmo era grande,
a criancice... também.
Mas nunca em ti eu senti
qualquer censura ou tristeza
por naquelas situações
eu não ter pensado em ti.
Agora, estou mais velhinha.
Tento ver com mais clareza
como posso ser feliz.
Mas há coisas que não esqueço
pois são lemas que gravei:
Respeitar o semelhante
como sempre me ensinaste.
Fazer as minhas opções,
para cumprir meu caminho
Sem prejudicar ninguém.
E quando chega a tristeza!
Sinto-te firme, ao meu lado,
pois não arredas por nada.
Mas cresci um bocadinho!
E sabes como notei?
Se o momento é de alegria
tu já não ficas esquecido,
e tenho um grande prazer
no teu sorriso escondido
quando te digo "Obrigada"

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