22 de outubro de 2007

Esperança


Gostava ainda de encontrar na vida
um homem calmo e bravo como o mar,
com um tom de voz
quente mas sentida.
Riso matreiro, boca apetecida,
um toque misterioso no olhar.
As mãos grandes e quentes
p'ra m'abarcar corpo e pensamento.
P'ra sabermos tudo de nós
ali, nesse momento,
sem necessidade de contar,
explicar, dizer.
Sermos capazes
de ser só ser.
Queria sentir o que nunca senti.
Queria que o tempo recuasse.
Queria ver a juventude que não vi.
Queria que o encanto não passasse.

Onde se encontra esse homem
que, numa noite, em sonhos vi?
Será que só existe mesmo aí?
Procurar, não sei.
Esperar, não tenho tempo.
Continuarei....

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