27 de setembro de 2010

Tarot das Eras - Hierofante


Carneiro, o esplendor escondido, He.

O colosso de pedra ergue-se no escaldante deserto. A estrela de 5 pontas do primeiro homem encaminha a humanidade para os espaços cósmicos. É o olho de Heru que enfrenta o ataque da guerra dos anjos para assaltar o céu.

No coração do Hierofante está a base da sua força. Rápido e veloz como a garra do leopardo, ele preenche o seu verdadeiro querer. Sentado à frente dos sarcófagos das suas vidas passadas ele usa, na sua testa, o sinal sagrado. Discípulos de cabeças rapadas ajoelham-se afectuosamente em frente do pai para receber o unguento da iniciação e da quarta dimensão.

Mestre na Lei, alto sacerdote do único Templo, ele surge sempre no meio da humanidade para propagar a doutrina e celebrar a cerimónia. Mais uma vez ele renovou o juramento de Buda, a promessa de reunir ao Nirvana e voltar à nossa dimensão - Samsara, o ciclo do nascimento, sofrimento, morte e renascimento - até o último ser estar iluminado.

9 de julho de 2010

Tarot das Eras - O Imperador


Os símbolos nos cantos inferiores são do Sol e da letra hebraica Daleth. O Imperador personifica o que mantém o comando.

No meio de um oásis as tochas perfumadas lançam fogo, como um milagre de luz brilhando no escuro. O ímpeto das enormes cabeças de carneiro encontra-se a postos para a defesa contra os demónios. O látego acaba com a rebelião. O veneno da cobra queima o sangue dos traidores. O abutre devora os primogénitos não marcados. O Sol acaba com a sombra no reino das duas terras. O vermelho cobre desbota para o castanho queimado. As folhas de palmeira balançam com a aproximação de um tufão. O peito dilata-se. Os filhos das quatro raças multiplicam-se e espalham a sua população para norte, sul, este e oeste. O poder milenário dos faraós abarca o fogo e o ar do Nilo Branco assim como a água e a terra do Nilo Azul.

2 de julho de 2010

Tarot das Eras - A Imperatriz

Os símbolos apresentados nos cantos inferiores desta carta são o de Marte e Gimel. A frase que se identifica com esta carta é "O Selo do Intelecto".

A vida é uma corrida da alma alada sobre a terra. A capela sagrada da união mostra o trono da geradora, a mãe da vida. O esbelto papiro agitado por uma brisa do Nilo murmura o seu nome. A forma humana luta com o seu intelecto. O seu corpo brilha com sete jóias e o seu leite espalha-se e alimenta o nosso universo. Ela é a senhora que comanda as aparências. Os seus companheiros Nekhebet e Ta-urt olham pelo nascimento e morte. A lei movimenta-se com a rotação das esferas e com o poder dos números. A harmonia é o preceito, a sinfonia do Universo.

22 de junho de 2010

Tarot das Eras - A Sacerdotisa

Os símbolos apresentados nos cantos inferiores da carta são a Lua e a letra hebraica Beth. Este Arcano, neste baralho é apresentado como a "Sabedoria dos Segredos".
A história oculta do mundo começa quando todos os seres se separam em machos e fêmeas. Todo o deus encontrou uma deusa para sua parceira. Toda a personalidade esconde, numa aparência desmaiada, uma espécie de homem primitivo. Todo o homem primitivo é a manifestação de um arquétipo.

A Palavra está escrita em hieróglifo à direita da Sacerdotisa, a medida das coisas está à sua esquerda. Sobre a veste branca está o símbolo lunar de Diana. Por baixo do véu do seu capelo sacerdotal está o olhar negro e penetrante de uma Pitonisa.

O iniciado está incendiado pelo desenho do conhecimento "Nascite ipse", "Conhece-te a ti próprio" é o único verdadeiro conhecimento.

16 de junho de 2010

Tarot das Eras - O Mágico

O símbolo do canto inferior direito é o do elemento Ar e o do canto inferior esquerdo é a letra hebraica Aleph. O Mágico representa a palavra criativa.

A tempestade do caos último coagula no Grande Trabalho.

A arte alquímica surge no laboratório interior: sal e enxofre são reunidos pelo mercúrio. O fixo torna-se volátil e o volátil fixo. O Mágico está em oração. Todo o ritual é uma oferta à sua devoção, todo o instrumento é uma extensão do seu Templo interior. O altar cúbico é o suporte material para um trabalho de mágico que se realiza ali. O bastão do espírito é inflexível, a espada do guerreiro procurando conhecimento é aguçada. A alegria, o bálsamo da graça divina, está na taça. O pacto entre Deus e o Homem está eternamente demonstrado pelo pentáculo, para o Homem é o Deus e a Natureza o seu reino.

Com os olhos de visão brilhante, o babuíno sagrado abre as portas do Templo do conhecimento e leva até à chave da imortalidade. Abençoado é o ungido Senhor! Os pés de Adam Kadmon voltam a caminhar no deserto. Nada existe além do Grande Trabalho.

14 de junho de 2010

Tarot das Eras

Conforme o prometido vou-vos começar a falar hoje de um baralho de Tarot que está incluido no grupo dos meus preferidos. De seu nome original "Tarot of the Ages" foi criado por Mario Garizio e publicado pela U.S. Games em 1993.

É um baralho formado por 78 imagens, na minha opinião, muito bonitas embora ache que a barra branca que limita o desenho seja excessivamente grande.

Este Tarot surgiu para homenagear a Atlântida que, segundo alguns, foi o continente mãe de todas as outras civilizações.

Os Egípcios foram escolhidos para preservar e transmitir à Humanidade a mais sagrada e oculta tradição da Atlântida. Assim, os Arcanos Maiores estão ilustrados com pinturas do Antigo Egipto conhecido como Kemi, a Terra Negra.

Nestes Arcanos, encontramos no topo de cada carta o seu número em numeração romana e, ao fundo à esquerda encontramos uma letra do alfabeto hebreu mas, ao fundo do lado direito, encontramos um símbolo astrológico ou dos elementos.

Os Arcanos Menores estão divididos em 4 naipes. No Tarot das Eras, cada naipe é atribuído a uma importante civilização das épocas passadas. Infelizmente, nem todas as civilizações puderam ser representadas: as sociedades da Europa Meridional, do Médio Oriente, os índios da América do Norte, os aborígenes da Austrália e muitas outras que também possuem a semente dos antigos conhecimentos.

Se o Egipto for colocado no centro de uma cruz e os 4 braços dessa cruz forem orientados nas direcções Norte, Sul, Este e Oeste teremos a Norte a Europa Setentrional representada aqui pelo povo Viking e pelo naipe de Espadas, a Sul a África Central onde o poder oculto dos xamãs negros persegue visões do futuro. Este povo está a representar o naipe de Paus.

A Oeste temos a América Central, lar de Aztecas, Incas e Maias de plumas coloridas, o lugar onde o Sol se põe e o homem fica moribundo. Este povo representa o naipe de Copas.

Finalmente, a Leste temos a Índia, cuja civilização trouxe para longe a mais profunda filosofia e onde o Sol e o Homem nascem juntos. Este Povo representa o naipe de Ouros.

Hoje, fico por aqui, espero que a introdução a este baralho tenha sido suficientemente interessante para aguçar a curiosidade para conhecer o resto.

Até à próxima...

13 de junho de 2010

Regresso

Olá amigos,

Aqui estou eu, novamente, depois de uma ausência que eu achei ser prolongada, devida aos mais variados motivos.

Um deles foi a falta de inspiração. Não conseguia encontrar temas que achasse minimamente interessantes para compartilhar convosco.
Até que me surgiu uma ideia: Sou uma coleccionadora compulsiva de baralhos de Tarot e Oráculos, e uma das coisas que me entristece ao comprar um baralho é que ele, a maior parte das vezes, não venha acompanhado de um historial que nos elucide acerca da filosofia causadora daqueles desenhos, a ideia que inspirou o autor para ele ter orientado a carta daquela maneira... E, infelizmente, nos baralhos em que encontramos todo este encantamento que envolve a carta, raramente está escrito em português.

Então, como me considero uma pessoa paciente, entretenho-me a traduzir (conforme posso e sei), os livrinhos que acompanham esses baralhos. Confesso que, aqueles livrinhos que trazem só o significado das cartas e ideias para lançamentos não me ocupam muito do meu tempo pois há, em português livros de grande qualidade sobre estes assuntos mas, com aqueles que trazem o modo como as figuras surgiram e os pensamentos que as inspiraram, esses sim, dão-me imenso prazer traduzi-los, o melhor que sei.

E serão estas traduções que eu irei compartilhar convosco.

Espero que a ideia vos agrade como me agradou a mim. Até uma próxima.
Se puderem digam o que acham....
Obrigada.

4 de fevereiro de 2010

Precalços

Meus amigos,

Não pensem que vos esqueci. Não é verdade. Nem me esqueci do meu blogue.
O computador foi à oficina e tem estado a fazer uma revisão séria, pelos vistos, pois a demora tem sido bem grande.

Quando ele voltar fresco e lindo, voltarei para aqui. Tenho muitas saudades.