9 de março de 2009

XII - Enforcado

Esta carta pertence ao baralho de Tarot Ancestral Path de Julie Cuccia-Wats publicado por US Games em 1996.
Quando se pensa na carta do Enforcado, vem-nos logo à ideia a sensação de imobilidade que pode ser vivida, por exemplo, durante uma doença (esta é uma situação que a carta pode representar). Jung dizia acerca desta carta "Ficar pendurado pode (...) até ser um hanging on positivo para avaliação que, por um lado, significa uma dificuldade aparentemente insuperável mas, por outro, representa uma situação única que requer o maior esforço, e através do qual a humanidade é chamada à acção"
Esta carta pode mostrar-nos uma longa fase que nos irá levar à necessidade de encontrar uma situação totalmente nova. Se reflectirmos tempo suficiente sobre um problema apenas a calma e essa reflexão paciente nos irá fazer entender onde errámos ou do que desistimos.
Com esta carta sentimo-nos presos a uma situação que não pode continuar e faz-nos ver a necessidade de mudar o nosso modo de pensar para conseguirmos compreender o que há-de mudar para que a situação se venha a resolver.
Os alquimistas pensavam que, para libertar a energia dos desejos e transformá-la em energia espiritual deviam colocar-se de cabeça para baixo pois assim a energia dos genitais era empurrada para o cérebro. Se repararmos numa carta do enforcado tradicional, a sua expressão é de paz e compreensão.
Podemos dizer assim que o Dependurado ou Enforcado representa portanto, espera, um sacrifício voluntário, provas que têm que ser ultrapassadas antes de se iniciar um novo ciclo. Eu achei genial a ideia de Julia Cuccia-Wats ao representar esta carta do modo como eu aqui a coloquei.
Não existe meditação para a carta do Enforcado porque ela é a própria meditação.
Afirmações: - Aceito que nem sempre atinjo os resultados que quero sem fazer sacrifícios, por isso uso de todas as minhas forças e energias.
- Eu sou vontade.
- Eu sei esperar o tempo certo.
- Eu conheço os meus limites e aceito-os.

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