10 de julho de 2008

Lisboa



Lisboa à luz dos seus Arcanos
(Texto da autoria do Dr. Olímpio Gonçalves, publicado originalmente na revista oficial da Comunidade Portuguesa de Eubiose “Graal” em 1982)
Lisboa é, para nós, a cidade da velha Mãe Lusina, a companheira do deus Lug, a grande deusa dos Ligures e dos Celtas, a Boa Lusi ou Lusina, a Lusibona, a Lisibona. Falar de Lisboa é falar da capital da região do Lug, logo, da Lugcitânia, pátria dos Lugsignan, os Lusitanos.
Lisboa está intimamente associada ao velho culto do deus Lug, esse deus supremo do panteão Lígure que, alem de resistir à invasão dos Celtas, acabou por assimilar os ocupantes recém-chegados, legando-lhes os seus lugares (lug+ara, altar de lug) de culto, as suas montanhas, rios e pedras sagrdas. Lug, deus tão antigo e poderosamente enraizado, que ainda hoje lhe surpreendemos o alento e os vestígios na toponímia das Gálias e em toda a parte da Península Ibérica onde os árabes não impuseram a sua presença e cultura.
São as marcas ideléveis da presença de Lug, os lugares “Lug”, como Logroño e Lugo, no caminho de peregrinação a Santiago e nos trilhos iniciáticos da história secreta da Península. Raízes ancestrais impregnando de mistério a cidade da boa deusa Lusi e do grande Lug, obreiro universal, demiurgo, mestre de artes e alquimista, músico, guerreiro e mago, o poderoso tutelar da Lusitânia que os Lígures e os Celtas transportaram consigo na sua marcha para o Sol, em direcção ao Ocidente, pela rota da Via Láctea e da estrela do Cão, nos confins da terra, as “finis-terrae”.
Lisboa, como todas as cidades de sete colinas, é considerada pela Tradição com uma urbe sagrada.
Na fisionomia do seu quotidiano, no silêncio ou no bulício do seu dia a dia nas ruas e nas praças, inscreve-se na perenidade de seu rosto a secreta história dos lusos, o seu presente, o devenir da sua grande missão diante do Mundo.
Na sua praça maior, vestíbulo de entrada para a metrópole mais ocidental da Europa e de saída milenar para os mares oceanos, propõe-nos, desde logo, a decifração dos enigmas que determinaram as gestas deste povo de marinheiros, Pelágios ou homens do mar, e de suas reminiscências atlantes.
O Terreiro do Paço, na disposição linear do seu talhe, no alinhamento das suas artérias, no ritmo geométrico da sua arcaria é a lâmpada de Aladin que franqueia a porta que nos conduz à gruta subterrânea, onde jazem os maravilhosos tesouros escondidos, até aqui, aos olhares profanos.
A Praça dos Arcos é o átrio que conduz ao santuário das sete colinas, o Templo da Sabedoria.
É como um enorme livro de pedra, onde a mensagem, embora críptica, pode ser lida e entendida, desde que interrogada na sagrada linguagem dos números e dos símbolos herméticos dos Arcanos de Thot.
O Livro de Thot, mais conhecido como Tarot é, como se sabe, constituído por 78 lâminas, originalmente de ouro fino, pertencendo 22 lâminas aos Arcanos Maiores, os esotéricos, e as restantes 56 aos chamados Arcanos Menores ou exotéricos.
Os 22 Arcanos Maiores, como o próprio nome indica, dão-nos a representação arcânica, arquetípica, de tudo quanto se pode conceber, de tudo quanto existe. Aplicando estes ideogramas simbólicos do Tarot e estabelecendo as correlações entre os 22 arcanos da série, segundo os cânones, eles revelam-nos as incógnitas dos mais complexos problemas.
Se observarmos sobre o ponto de vista estético, o Terreiro do Paço, logo verificamos que a expressão preponderante é a sua vasta, a sua profunda arcaria. Existe uma intencionalidade na disposição muito particular desses elemento que ultrapassa, sem dúvida, a simples função estrutural da sua arquitectura. Os edifícios laterais contêm 28 arcos, cada um, cuja soma é de 56, o que corresponde ao número de lâminas dos arcanos menores.
Na fachada principal, entre as Ruas do Ouro e da Prata, contamos, por outro lado, 22 arcos, 11 em cada direcção, a partir da Rua Augusta. Ora, 22 arcos correspondem exactamente ao número de lâminas dos Arcanos Maiores, os arcanos iniciáticos.
Se aplicarmos a cada arco o arcano que lhe corresponde, possuímos a chave interpretativa de um ciclo completo de manifestação: relativamente aos 56 arcanos, a manifestação profana, quanto aos 22 arcos frontais, entre as ruas do Ouro e da Prata, a realização oculta.
Na verdade, quem souber ler nos arcanos do Tarot pode decifrar no Terreiro Pombalino a história secreta de Portugal.
Deixaremos para outra oportunidade essa leitura.
Acontece que, na presciência das coisas, a urbanização pombalina inscreve a sua mensagem silenciosa numa síntese final dos 22 arcanos, que nos é dada pelas lâminas 18, 19 e 21. Porquê? Porque as principais artérias que partem do Terreiro do Paço são: A Rua Augusta, a Rua do Ouro e a Rua da Prata.
Quando dizemos artérias, aplicamos o termo próprio, pois é disso que se trata. As Ruas do Ouro e da Prata e a Rua Augusta representam o caduceu de Hermes, ou de Thot se quiserem, e como é sabido, o caduceu compõe-se de uma coluna central, em torno da qual sobem duas serpentes, uma dourada e outra prateada. Respectivamente, uma solar e outra lunar.
Estas serpentes representam e são as artérias pelas quais flui a energia serpentínea vital, desdobrada nos seus dois aspectos complementares, lunar, frio e passivo e solar, activo e quente.
Se nos lembrarmos que, na simbólica tradicional, o ouro expressa o Sol e a prata a Lua, torna-se claro que a Rua do Ouro corresponde ao aspecto solar do caduceu, a Rua da Prata ao aspecto lunar e que, finalmente, a Rua Augusta simboliza o bastão central, canal de fusão e síntese destas duas forças polares.
No Tarot, o arcano XVIII é o arcano da Lua, a lâmina XIX a do Sol e a XXI a “Augusta” ou Laurenta ou laureada, como podemos ver na figura que encima o arco central, figura coroada com os laureis dos augustos seres.
Façamos então, um breve bosquejo destes três arcanos.
Segundo Waite (autor do Tarot de que nos estamos a servir), o arcano da Lua representa a vida da imaginação e o sendeiro, entre as duas colunas, a saída para o desconhecido.
O sendeiro para o desconhecido está guardado pelas duas colunas, a fim de que não possa ser transposto se o temor não for vencido ou se não se dispuser do auxílio das forças ocultas para o empreendimento.
Nesta lâmina, as forças ocultas estão representadas pela lagosta que emerge do fundo das águas primordiais.
Um lobo e um cão ladram à Lua. O cão e o lobo simbolizam o dualismo das tendências ante o desconhecido. A natureza instintiva e selvagem do lobo tem de ser superada pela natureza transformada do cão, valente mas generoso na sua docilidade. Contudo, o cão ladra à Lua, pois também ele receia a saída para o desconhecido oculto, não obstante o rocio nocturno caia suavemente e o semblante da Lua inspire calma e serenidade.
Poderíamos resumir, de acordo com os vários cabalistas, a mensagem deste arcano do seguinte modo: “Aqueles que percorrem o caminho iluminado pela Lua, alcançam o reino das forças ocultas, quando a hora é chegada”.
Rua do Ouro, Lâmina XIX, o Arcano do Sol. O Sol significa Ordem, Luz, Razão.
Para S. Germain, este arcano é a luz Deslumbrante e a figura do Sol, na lâmina, o símbolo da Geração Universal. O menino montado no cavalo representa os filhos da Luz na sua progressão para a consciência cósmica, divina.
Waite descreve este arcano dizendo que o menino nú, montado no cavalo branco e empunhando um estandarte vermelho, simboliza a Grande Luz manifesta neste mundo e em trânsito para a sua gloriosa morada, uma vez ultrapassado este obstáculo que é o muro da vida sensitiva.
A chave deste simbolismos, na tradução cabalística, mostra-nos que o sol configurado na lâmina é o sol da consciência no Espírito, luz directa como antítese da luz reflexa, lunar, de arcano XVIII. É a luz simbolizada pela sol esplendoroso da Terra, a luz do Mundo Futuro que guia a aspiração do homem convertido no coração, simplicidade e pureza de um menino. A simplicidade e inocência da sabedoria, que porta em si o selo da Natureza e da Arte e cuja significação é o Mundo Restaurado.
Olhai para o Arco Triunfal da Rua Augusta. Sobrepujando o Arca vereis uma figura feminina coroando Apolo e Minerva. Essa dama, de feição e vestes romanas, hierática, está ornada com a coroa de louros na cabeça, é a laureada e tem a coroa dos magos.
Papus e Waite chama ao arcano XXI o “Mundo”. S. Germain a “Coroa dos Magos”, o Mestre JHS a “Laurenta”, mas qualquer que seja a designação, sintetiza a simbologia do Arcano.
Temos diante de nós uma grinalda de louros, os louros do Triunfo, da vitória. Em cada um dos quatro cantos da lâmina vêem-se as cabeças de um leão, de uma águia, de um touro e de um homem, as quatro figuras do apocalipse, simbolixando os quatro sopros do Espírito.
Para S. Germain, a grinalda é o emblema da cadeia mágica que une todos os seres, todas as coisas, todas as ideias num destino comum. No centro da grinalda vê-se a figura diáfana duma mulher nua. Representa a Grande-Mãe, a Virgem-Mãe ou Mãe-Universal segurando em cada mão um bastão ou ceptro, os ceptos do poder sobre forças vitais da Terra, solares e lunares.
Para Waite, esta lâmina simboliza o Cosmos, o Mundo na sua harmonia, assim como o mistério que ele contem. Representa alem disso, a consciência da Visa Divina reflectida no espírito que se conhece a si mesmo, a consciência da própria Visão. Waite afirma que este arcano caracteriza o Triunfo Maior, Final. É o estado do Mundo Restaurado quando a lei cíclica da manifestação tenha conduzido ao seu mais alto grau a perfeição e o acabamento.
Se o Sol é do ar e do fogo, se ele nos dá a imagem da luz, da claridade, da ordem geométrica, se encontramos no Sol a cadência musical, o colorido e a transparência mística dos vitrais dessas vastas arcas de pedra que são as catedrais, a ascese dos seus zimbórios e agulhas projectadas para o céu, na Lua vemos a terra e a água, a imagem do crepúsculo, a luz nocturna das criptas, o calor receptivo e misterioso do útero, da matriz fecunda.
Mas onde se aglutinam, desde o plano ideográfico dos símbolos preservados na baixa pombalina, essas forças primordiais, genesíacas, solares e lunares, sempre actuantes e, todavia, sempre ocultas, imponderáveis?
Até há bem pouco tempo, quem visitasse a Sé Patriarcal de Lisboa podia ver, numa das passagens do claustro, um negro corvo encarcerado numa grande gaiola. A presença, a todos os títulos insólita, de um corvo num lugar consagrado ao culto e à oração, a vetusta e nobre Catedral, deve-se, segundo as lendas, ao facto de ali se encontrarem, desde o séc. XII, as santas relíquias do mártir S. Vicente, um dos padroeiros de Lisboa.
No brasão da cidade figura a Nau, Barca ou Arca que transportou os restos mortais do Santo e que acabou por aportar à costa dos Algarves, mais precisamente ao promontório sacro, a ponta de Sagres. Na barca, como elementos heráldicos, figuram também dois corvos, os quais, segundo a tradição, acompanharam, como fieis guardiães atentos, os despojos do mártir na sua estranha odisseia até à Sé Patriarcal.
Refere Duarte Galvão, na sua “Crónica de D. Afonso Henriques”, que um dos corvos foi visto durante muitos e muitos anos a esvoaçar pela Igreja, por cima dos altares e da capela-mor onde o corvo estava sepultado. 
A lenda do corvo ligada à hagiografia de S. Vicente, tem paralelismo nos mitos e nas tradições sagradas dos povos mais antigos. O deus escandinavo Odin era frequentemente representado com dois corvos simbolizando o Espírito e a Memoria. Dizem que os corvos adejavam em torno da deusa Saga e lhe murmuravam ao ouvido o passado e o futuro.
De um modo geral encontramos o corvo representado nas Mitologias dos Maias e dos Celtas como sendo o mensageiro dos Deuses.
Jacques Duchausoy, no seu “Bestiário Divino”, afirma que, em Roma, o corvo jogava grande papel como ave profética e que está muito particularmente ligada à recordação do oráculo de Delfos, na Grécia. Segundo o mesmo autor, o sentido simbólico do corvo assimila-se, de resto, ao do cisne negro ou do ganso negro, todas as aves detentoras da sabedoria divina.
Marcel moreau lembra que foi o corvo quem, com o bico, trouxe o limo do fundo das águas para a superfície, o barro com que Deus fez a terra para os homens. Este corvo que imerge nas águas negras evoca-nos a Ideia das águas primordiais do Abismo, da Matriz Universal abrindo-se `centelha do raio da vida, do verbo criador. O corvo é um emblema solar.
Se é nas tradições sagradas, nas lendas e nos mitos arcaicos, na emblemática universal que havemos de encontrar o fio de Ariadne que nos conduz ao cerne mesmo da realidade profunda e “cache”, se cada símbolo encarna e consubstancia a sabedoria hermética, resta-nos perguntar ao acaso, que coincidência fortuita explicaria a presença desse elemento figurativo fundamental, tão cheio de conotações e sugestões simbólicas, ao lado da barca e no historial concreto da Sé Patriarcal!
Já de si tudo isto é deveras singular, mas que o corvo – emblema da sabedoria divina, ave profética e mensageira dos deuses, ave sagrada, totem do deus solar Lug – se denomine, em linguagem lígure, Lug ou Lu, não será este facto excepcionalmente significativo na trama secreta que subjaz à fenomenologia da História?
Segundo os ensinamentos de Henrique José de Sousa, nome profano do Mestre dos Eubiotas, e os anais mesmos da comunidade da Eubiose, há cerca de mil novecentos e poucos anos, pelo equinócio da Primavera, Jesus o Cristo, com a presença de José de Arimateia e uma vasta assembleia constituída pelos seus discípulos, reconstituiu, por imperativo cíclico, a Ordem do Santo Graal e empreendeu de novo, a disseminação do Rito do Santo Cálice.
Os seus insignes fundadores perfizeram o número cabalístico de 84 membros. Estes primitivos membros da Ordem do Santo Graal, em nova fase de expansão para o ciclo de Piscis, foram distribuídos em grupos de 12 por cada uma das sete Igrejas da Ásia. Falamos das Igrejas de Epheso, de Smyrna, de Pérgamo, de Thyatira, de Sardo, de Philadelphia e de Laodiceia, as que são referidas por João de Patmos no Livro do Apocalipse.
Pouco importa que as religiões institucionalizadas nada saibam acerca destes mistérios. Eles concernem à Igreja Invisível de Cristo e foram perpetuadas e transmitidas de geração em geração no escríneo secreto dos santuários iniciáticos dos discípulos da tradição Joanita ou de Melkitsedek; pouco importa que os colégios clericais, constituídos à sombra de uma doutrina dogmática, ignorem completamente que o Santo Graal, símile do Vaso autêntico, outrora cultuado pelos Iniciados da Atlântida, tenha peregrinado pela Igrejas do Oriente e que o Rito do Santo Graal tenha sido mantido nesses santuários cristãos.
Podemos asseverar que a Sagrada Taça, em obediência à lei cíclica que a tudo rege, continua o seu trajecto pela Via do Cão ou Sol de Sírius, conhecida pelos Eubiotas como o itinerário de IO, da deusa Ísis ou das, mónadas, e que a sua guarda foi transferida para certas Catedrais do Ocidente e se encontra hoje para lá do Atlântico.
De resto refira-se que o surto dos ideais cavalheirescos arturiano e carolíngeo tem o seu foco motivador, a sua base esotérica no culto secreto do Vaso Sagrado, nas Catedrais Europeias, pólo de irradicação espiritual e vínculo da Tradição de Melkitsedek. Foi este facto, desconhecido até hoje, que esteve, fundamentalmente, na origem da inspiração das alegorias romanescas e dos ideais transmitidos pela Demanda do Santo Graal e de todo o ciclo do graal da Idade Média.
Mas o que interessa realçar, retomando o assunto, é que para nossa satisfação, Senão reflexão, a Taça do Santo Graal esteve sob custódia, durante algumas décadas, na Sé Patriarcal...
Sim! Aqui mesmo, no Santuário Espiritual de Lisboa. E o seu Rito foi conservado e celebrado em segredo por uma plêiade de misteriosos e Sábios homens que pertenciam a uma Ordem Iniciática de que os historiadores nada sabem... a Ordem de Mariz.
E contudo, foi dessa Ordem que surgiu uma outra, a Ordem de Aviz, de todos conhecida, a que pertenceram o fundador do reino, D. Afonso Henriques e seus barões mais insignes.
Esta Ordem de Cavalaria sempre serviu de escudo exterior ou “cobertura” à de Mariz e agremiava os Membros dedicados ao culto de Melkitsedek, como, aliás, mais tarde, a de Cristo.
As cores das insígnias (cruz e fita) da Ordem de Mariz eram, e são, verde e vermelha; o verde que veio a usar a de Aviz e a vermelha que foi adoptada pela Ordem de Cristo... Será pura casualidade que as cores do pendão de Portugal sejam precisamente o verde e o vermelho?
Quanto ao mistério do Santo Graal, não anunciou o Merlin da Demanda que os tempos do Mundo Novo, o Mundo Restaurado, viriam com a chegada de um Ser predestinado que haveria de romper o encantamento do Santo Vaso?
Uma lenda oriental vaticina que o cálice será encontrado “quando se aproximarem os tempos de Shamballah”. Shamballah é a Mansão dos Eleitos, o lugar onde Melkitsedek dirige os destinos do Mundo, a Casa do Pai, nas palavras de Cristo (seu sumo-sacerdote), o lendário Reino do Preste João da tradição lusíada.
Muitos se lançaram no decurso dos séculos, em busca do Graal, mas só alguns poucos virtuosos e valorosos cavaleiros da Luz foram capazes de encontrar esse símbolo da Verdade. Foram os Percevais, os Galaazes.
A presença do corvo adeja ainda nas naves e no claustro da Sé. A sombra desta ave profética, símbolo da sabedoria divina, parece querer murmurar-nos ao ouvido, como outrora à deusa Saga, os sibilinos versos de Pessoa:

... Vem, Galaaz com pátria erguer de novo,
Mas já no auge da suprema prova,
A alma penitente do teu povo
À Eucaristia Nova.

Mestre da Paz, ergue teu gládio ungido,
Excalibur do Fim, em jeito tal
Que sua luz ao mundo dividido
Revele o Santo Graal!

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