O caminho está a chegar ao fim no limiar do mundo. O véu da ignorância foi levantado. Os objectivos dos sentidos foram tirados da possessão divina. Ele é livre, invulnerável, o vento não o seca, a água não o ensopa, não pode ser devorado pelas mandíbulas do lince ou por Sebek. O êxtase atrai-o, um regato feliz que penetra no Universo mas, o coração misericordioso do Avatar não abandona os homens. Reflectidas no espelho do tempo estão as mil existências conhecidas durante as vidas passadas: aquilo de que se orgulhou, os prazeres e dores, quando o seu pé esteve no abismo, quando esteve quase a cair, quando foi abandonado e sepultado pela loucura amarga dos rituais sociais diários. Não salte na outra direcção! Lembre-se da sua jura! Escondido do profano, misturado na multidão, camaleão vulgar, deixe a transição sair das suas veias para a humanidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário